sábado, 23 de junho de 2007

Expansão marítima portuguesa


Período das grandes navegações (ou Era dos Descobrimentos): Idade Moderna, entre séculos XV e XVII

Algumas datas:
1419: chegada a Porto Santo e à Ilha da Madeira (Portugal).
1444: Cabo Verde (Portugal)
1492: Cristóvão Colombo chega às Américas (Espanha)
1494: Tratado de Tordesilhas


Razões que levaram ao pioneirimo português:

Boris Fausto em "História Concisa do Brasil" (pp. 9-11).
1) Portugal se afirmava como um país autônomo, com tendência a voltar-se para fora;
2) Os portugueses tinham experiência acumulada ao longo dos séculos XIII e XIV no comércio de longa distância, embora ainda estivessem bem atrás dos venezianos e genoveses naquela época;
3) Envolvimento econômico com o mundo islâmico do Mediterrâneo facilitou essa experiência por meio de avanços nos termos de troca e na crescente utilização da moeda;
4) Posição geográfica (Atlântico e costa da África) e correntes marítimas favoráveis;
5) Portugal enfrentou a crise geral do ocidente da Europa em melhores condições que outros reinos. Durante o século XV, Portugal já era um reino unificado e menos sujeito a convulsões e disputas (graças à revolta do povo miúdo ou revolução de 1383-1385) enquanto França, Inglaterra, Espanha e Itália estavam envolvidas em guerras e complicações dinásticas;
6) A revolução de 1383-1385, decorrente de um problema de sucessão dinástica, marcou a independência portuguesa e a ascensão ao poder da figura central da revolução, Dom João, Mestre de Avis. Estabilidade era fundamental para que o Estado se tornasse um grande empreendedor (durante a revolução, os vários setores sociais influentes da sociedade portuguesa se reagruparam em torno de Dom João);
7) Revolução das técnicas de marear.


Sergio Buarque de Holanda em "Raízes do Brasil" (pp. ?)
1) País de pescadores, cercado pelo inimigo (Espanha). O mar era a saída para comercializar com outros povos.


Contexto histórico europeu

Político: Absolutismo

Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra (1337-1453)

Econômico: Mercantilismo
Crença na qual a riqueza de uma nação provinha do acúmulo de metais preciosos. Osgovernantes consideravam que a riqueza que existia no mundo era fixa, portanto, para um país enriquecer outro deveria empobrecer.
A intervenção do Estado era fundamental e o acúmulo poderia ser realizado por meio de uma balança comercial favorável (ou colbertismo) ou nas reservas de ouro e prata (bulionismo ou metalismo).
O Mercantilismo passa a ser contestado na segunda metade do século XVIII por François Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.

Religioso: Começam a surgir grandes transformações na organização religiosa do cristianismo no começo do século XVI, com o movimento reformista e a formação de novas doutrinas, iniciados por Lutero.

Na península Ibérica, o absolutismo formou-se antes do movimento reformista e contou com o apoio do clero católico, uma vez que os vínculos entre a nobreza real e o alto clero eram muito fortes. Na França e na Inglaterra, onde a formação do absolutismo coincide cronologicamente com a reforma religiosa, é que percebemos a utilização da religião ou da igreja na luta pelo poder.

Cultural: Renascimento (1300-1650), desenvolvimento de vários ramos da ciência (aprimoramento da observação e da experimentação).
Sandro Boticelli (1444-1510), Leonardo da Vinci (1452-1519), Michelangelo Buonarroti (1475- 1564), François Rabelais (1494 – 1553), Luís de Camões (1524 – 1580), Miguel de Cervantes (1524 – 1580), William Shakespeare (1564-1616), Nicolau Maquiavel (1469- 1527), Thomas Morus (1480 – 1535)




Leia mais:
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2002/05/06/000.htm


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